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O desenvolvimento de dependência por meio do uso da cannabis é raro, mas pode acontecer de forma leve em uma pequena parcela dos usuários, especialmente naqueles que fazem uso recreativo e sem acompanhamento médico. Com o uso recreativo, a dependência pode acometer cerca de 9% dos usuários, principalmente quem faz um uso diário. Com o uso medicinal supervisionado, esse risco cai para menos de 1%, já que há controle de dose e acompanhamento profissional.
O uso medicinal da cannabis, principalmente com os fitocanabinoides não psicoativos, como o CBD, não costuma causar tolerância. Porém, pode ser possível o surgimento de tolerância ao THC, o principal composto psicoativo, com o uso contínuo. Isso é reversível com pausas ou ajustes na dose - e nem sempre acontece, especialmente com produtos equilibrados em CBD e THC.
Superdosagem de cannabis não é fatal, mas, se ocorrer com produtos à base de THC, pode causar ansiedade, taquicardia, náusea e confusão mental. O ideal é manter o paciente em local calmo, hidratar e observar. Se os sintomas forem intensos, buscar atendimento médico.
O THC não causa esquizofrenia, mas pode precipitar sintomas psicóticos em pessoas com predisposição genética ou histórico psiquiátrico. Por isso, a triagem é essencial antes da prescrição.
Mito. O THC tem diversos usos terapêuticos comprovados, como no controle de dores, náusea, insônia e ansiedade, quando utilizado em doses seguras, sob acompanhamento médico.
Não. O CBD pode relaxar ou reduzir a ansiedade, mas não altera a sua percepção da realidade.
É real. A ideia de que os componentes da cannabis (CBD, THC, terpenos e outros canabinoides) atuam de forma sinérgica, potencializando ou modulando os efeitos uns dos outros. O conjunto funciona melhor do que cada substância isolada.